JUBILEU DE OURO – PARÓQUIA SÃO JOSÉ

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Histórico da Capela São José

         Nos idos de 1940, homens com a intenção de fixar moradia em terras férteis, onde pudessem plantar e colher, proporcionando à família melhores condições de vida, ficaram sabendo que no núcleo dos atuais Córrego São João, Córrego da Maravilha, Córrego das Pedras e Córrego do Marinheiro, as terras eram da melhor qualidade.
         Os otimistas e corajosos não se intimidaram com a falta de conforto e para cá vieram e adquiriram as primeiras glebas de terra: João Machado Pereira, Ernesto Cavalin, Olímpio Chimatti, Nelson Avelar e muitos outros que aqui se fixando, imediatamente iniciaram o plantio de cereais e criação de gado leiteiro e de corte.
         No início o povoado dividiu-se em dois núcleos com os nomes de Maravilha São José e Maravilha São João o qual chamávamos “a outra vila”.
         Em três de junho de 1947, o comerciante Olyntho Balbo, chegou de mudança com a sua família estabelecendo-se com a Casa São José – armazém de secos e molhados, tecidos, caçados, chapéus e miudezas.
         Seus filhos: Edith Balbo Pereira (in memoriam), Donato Marcelo Balbo (in memoriam), Ary, Maude, Olga, Pedro e Rui, sob a batuta de D. Ilária (“tutti quanti lavorando”), arregaçaram as mangas e exercendo as mais diversas atividades, muito contribuíram para o progresso da pequena vila.
         Ilária Sbróggio Balbo, devota de São José, pediu ao marido que todas as suas propriedades tivessem o nome daquele santo. E assim foi feito: Casa São José, Açougue São José, Cine São José, Máquina de Benefício de Café São José e Correio São José, que não era federal. Era particular.
         O primeiro terço em homenagem a São José foi rezado no dia 5 de julho de 1947 pela jovem Edith Balbo, diante de uma tosca cruz de madeira, fincada no meio do largo que viria a ser a Praça São José.
         Os primeiros habitantes se irmanaram e começaram os movimentos para arrecadar fundos a fim de construírem uma capela, um local de orações, que viria a ser a Capela São José.
Havia muito esforço por parte daqueles desbravadores, que entenderam logo ser necessário arregaçar as mangas, para que o progresso paulatinamente chegasse ao pequeno povoado.
As primeiras moradoras, devotas de São José, iniciaram as atividades para realizarem quermesses com leilões a fim de ajuntarem recursos para a construção.
Entre elas estavam: Ilária Sbróggio Balbo, Maria Gonçalves Fagundes, Trindade de Souza (mulher do Sr. Perilo), Ernesta Borin (Pedro Borin), Sabina Duran (Enemécio Duran), Helena Cavalin que juntamente com o seu marido, Raul Sóssio Terra, trazia cestas de bolos, pães e assados como prendas para os leilões.
Os leiloeiros improvisados iam movimentando os leilões, porém o mais esforçado era o alfaiate Sr. José Máximo, que juntamente com sua mulher D. Rosinha, muito ajudou a vila nos seus primórdios.
O primeiro farmacêutico Sr. José Guimarães figura entre os pioneiros juntamente com sua mulher D. Durvalina e seus filhos: Nely, Zinha (Zoé) e Arthur. Outro farmacêutico gravado no coração dos moradores foi Sr. Eliseu Bueno com sua mulher D. Elvira, que eram muito prestativos. Visitavam os doentes em suas casas, faziam curativos em domicílio. Dona Elvira era parteira e contava nesse mister com a ajuda do marido. Toda nossa gratidão para eles.
O primeiro proprietário de máquina de beneficiar arroz foi o Sr. Fermino Alonso. Há uma lembrança pitoresca desse cidadão que, juntamente com seus filhos Fernando e José Alonso, improvisaram um sino para chamar os devotos aos terços. Consistia num pedaço de trilho de ferro, sobre o qual outro pedaço de ferro era batido. Com isso, as batidas de conhecimento antecipado pelos fiéis, cumpriram por muito tempo a função de sino até que a população finalmente pudesse adquirir um de bronze que é esse que está aí.
Em três de agosto de 1952, os carpinteiros Olyntho Balbo e Ary Balbo, terminaram a cobertura da Capela São José, trabalho esse feito gratuitamente.
Merece registro o esforço feito pelos primeiros moradores para conseguirem o terreno onde hoje está a Paróquia São José. Esse terreno pertencia ao Sr. Ernesto Cavalin e numa certa manhã apareceu cercado com fios de arame farpado. A Capela São José, então teve um defensor, o Sr. Raul Sóssio Terra, que era cunhado de Ernesto Cavalin o qual conseguiu convencer o proprietário a doar o terreno. Ressalte-se que o Sr. Ernesto Cavalin foi um grande benemérito de Meridiano, tendo doado os terrenos para a construção das três igrejas católicas: a de São José, a de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e a de São João além de muitos outros terrenos para a construção de prédios públicos.
Entre os primeiros moradores da Maravilha São José, merecem ser citados: José Borega e família, Anacleto Fagundes e família, Dário Brianezzi e família, Porfírio Santana e família, Ricardo Fraçon e família, Enemécio e Aniceto Duran e suas famílias.
Numa época em que apenas as jardineiras chegavam à vila, um professor de São José do Rio Pardo, da longínqua Mojiana aportou por aqui. Era o ano de 1948 e o professor era o Sr. Rocco Consolo. De inteligência privilegiada e riso solto, tornou-se amigo das famílias e influenciou sobremaneira os seus alunos que foram em busca de Escolas nas cidades grandes, a fim de continuarem os seus estudos.
Construída a Capela São José, as senhoras que a freqüentavam fundaram a irmandade de São José cuja primeira presidente foi Ilária Sbróggio Balbo.
Essas devotas usavam no pescoço, durante os cultos religiosos, uma fita amarela com a imagem de São José estampada nelas. Pagavam uma mensalidade que era empregada nos pequenos gastos da Capela.
Todas tinham o compromisso moral de manterem a igreja limpa e o altar enfeitado com flores naturais para todos os atos religiosos.
Em 24 de dezembro de 1948, pela Lei Estadual nº. 233, a vila recebeu o nome de Meridiano – os dois núcleos em um só povoado.      
Em 19 de março de 1958, a Capela de São José foi elevada à Paróquia.
Portanto hoje, 19 de março de 2008, estamos festejando o Jubileu de Ouro – 50 anos da Paróquia São José!
Em 18 de fevereiro de 1959, Meridiano foi elevado à categoria de município pela Lei Estadual 5.285 e instalado em 1º de janeiro de 1960.
Foi escolhido para ser o Dia do Município, o dia 19 de março – data consagrada a São José.
A gratidão é o mais nobre dos sentimentos humanos. Os moradores de Meridiano são eternamente gratos a todos os cidadãos e suas famílias que em alguma época de suas vidas, por terem morado na cidade ou na zona rural, contribuíram para a construção e melhoria da Capela São José, posteriormente Paróquia São José, ajudaram o nosso futebol e todas nossas Escolas.
Aqui estão os nomes dos beneméritos e suas famílias: Ernesto Cavalin; Raul Sóssio Terra; Luís e Antônio Momesso; Tomio Mujada; Luiz Quadrelli; José de Oliveira; José Balthazar; João, José, Vico e Gabriel Moda; Ângelo, Fernando e Antônio Morandin; Helio e João Bianchini; Tadao Tobita; João, Alexandre, Tranqüilo e Antonio Caineli; Luiz Avanzo Papani; Luiz Riguette; Antonio Paladini; Antonio, Augusto, Luiz e Júlio Pereira; Alexandre Rizatto; José Gimenes Navarro; Augusto Caetano de Souza; Vicente Calegari; José Salvione; Justo Padilha; Armando Conforte; José Guilherme da Silva; José e João Ortega; João e José Lopes; João do Nascimento Costa; Eurides Ottoboni; Mário Terrim; Olívio Bazeia; Manoel Barbosa; Américo Paro; José Savazzi; Alexandre Miqueletti; Atílio Brianezzi; Francisco Xicada; Pedro Caione; Família Kodama; Família Agüena e tantos outros que beneficiaram com o seu trabalho a nossa cidade, as Escolas, o futebol e todas as igrejas.
Nossa gratidão a todos os prefeitos que governaram Meridiano:

  • Donato Marcelo Balbo (duas gestões)
  • Joaquim Chanes Casquet (duas gestões)
  • José Rissato
  • Irceu Fagundes (duas gestões)
  • Luiz Rizatto
  • José Torrente Diogo de Farias (duas gestões)
  • Vilma Aparecida Caineli da Silva

A todos esses beneméritos, os atuais moradores de Meridiano são lhes profundamente gratos.
Viva São José!
Viva Meridiano!

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